Faleceu esta sexta-feira, 4, aos 85 anos, o economista Amaro da Luz, o primeiro ministro das Finanças do Cabo Verde independente, entre 1975 e 1977, e um dos históricos deste arquipélago. O funeral acontece esta sexta-feira, às 17h00, no cemitério da Várzea, na cidade da Praia.
O País assistiu em 2014/15 ao desfilar de um cortejo de denúncias públicas, em catadupas, de escândalos e mais escândalos financeiros que envolviam figuras públicas de proa do panorama político cabo-verdiano, tendo como palco não só o Parlamento, mas também a sociedade civil, através de redes sociais, jornais, rádios e televisão da época. A celeuma à volta desses escândalos atingia, de forma inequívoca, membros do governo, deputados, autarcas e figuras políticas ligadas ao sistema PAICV.
A líder do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), Janira Hopffer Almada, considera que 05 de Julho é “data maior” da história de Cabo Verde e que nenhuma data se compara à da independência nacional.
O primeiro consulado dos EUA na África Subsaariana foi estabelecido em Cabo Verde em 1818, na ilha da Brava. Entretanto, como é de se entender, os Estados Unidos só vieram a estabelecer relações diplomáticas com o nosso país a partir de 1975. Nessa altura, Cabo Verde e a Guiné-Bissau - 900 quilômetros a sudeste de Cabo Verde, na costa oeste da África - eram ambas colónias portuguesas que faziam campanha pela independência com um plano de unificação, o que veio a ser violado, em 1980, pelo ex-ditador e política golpista, Nuno Vieira. Como acontecia na Guiné, Cabo Verde...
O historiador António Correia e Silva considerou hoje o Desastre da Assistência como “momento extremo de sofrimento” na história do país defendendo a criação de um projecto museológico para promover a divulgação e valorização das fomes em Cabo Verde.